A mula e o burro são bichos cheios de problemas porque seus pais são de espécies diferentes, cujos descendentes são estéreis. A mãe é uma égua e o pai um jumento. A mistura não dá certo. A mula (ou burro, se for macho, já que “mulo” não existe) é forte, boa para trabalhar, mas não se reproduz. O número de cromossomos nos gametas (células sexuais) da égua é 52. O do jumento é 56. “A mula ou o burro nascem com 54”, diz o veterinário Cleyton Eustáquio Braga, da Universidade Estadual de Minas Gerais. Esse número cromossômico provoca duas conseqüências. A principal é que o burro não produz espermatozóides e a mula não tem óvulos. Portanto, não geram filhos. Além disso, os órgãos genitais desses animais não são perfeitamente desenvolvidos. Há alguns casos, raríssimos, em que a mula e o burro são férteis, mas os veterinários não sabem ao certo explicar porque isso acontece.
Há outros animais híbridos como o barboto, mistura de cavalo com jumenta, e o zebróide, produto do cruzamento de uma zebra com cavalo. A união entre o jumento e a égua é estimulada porque o burro é um animal apropriado para trabalho pesado. Já a cópula entre cavalo e zebra só acontece por acidente. O zebróide é bravo e não serve para nada.
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